Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, recebeu uma carta assinada Sua Alteza Real o Príncipe Henri d'Orléans, Conde de Paris.
Trata-se de um comunicado, emitido pelo Gabinete do Conde de Paris (Duque d'Orléans, para os legitimistas), no qual o Príncipe Henri d'Orléans informa que a Casa d'Orléans, pela qual é pretendente ao Trono da França, retira a sua proteção temporal da falsa "Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém".
Trata-se de um pedido feito ainda por Sua Alteza o Príncipe D. Vergínio I Carlo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, uma vez que a Principesca e Ducal Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Carmo (ou do Monte Carmelo) e de São Lázaro de Jerusalém, Boigny e Mesolcina é a única continuadora do legado da extinta Real Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém, Belém e Nazaret, Ordem constituída a pedido do Rei Henri IV de França, em 1606, e criada pela Bula Papal Pontifex Maximus do Papa Paulo V, de 16 de fevereiro de 1607, e confirmada pela Bula Papal Militantium Ordinum, daquele mesmo Sumo Pontífice.
A Ordem passou a ter uma Comendadoria Hereditária no Ducado de Mesolcina, concedida pelo Rei Louis XIV de França, e após a decisão da extinção da Ordem no Reino da França, pela Declaração do Rei em 1824, na qual anuncia, que na França a Ordem não tinha atividade de Sagração de Cavaleiros desde o ano de 1788, a Ordem seria extinta naquele país no ano de 1830, o que ocorreu, tornando-se a Comendadoria Hereditária de Mesolcina a única continuadora da Ordem, que agora passava a ter o nome de Principesca e Ducal Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Carmo (ou do Monte Carmelo) e de São Lázaro de Jerusalém, Boigny e Mesolcina, e foi confirmada por todos os Príncipes e Duques de Mesolcina como Ordem Dinástica desde então, até nossos dias.
Com a suposta "proteção temporal" concedida pelo Conde de Paris em 2009 a esse novo grupo passou a autodenominar-se "Ordem de São Lázaro", estava gerando uma certa confusão, de que o Chefe da Casa d'Orléans estaria tentando reavivar a a antiga Real Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém, Belém e Nazaret, declarada extinta pelo Rei Louís XVIII em 1824, decisão confirmada pelo Rei Carlos X, em 1830.
Como, após o golpe de Estado, no qual o Duque d'Orléans, Luis-Philippe destronou o Rei Henri V de Bourbon, em 1830, fazendo-se coroar como "Louis-Philippe I, rei dos franceses" (mas nunca "Rei da França"), na chamada "Monarquia de Julho", o Chefe da Casa d'Orléans não reviveu a Ordem, e declarou que a única Ordem de seu reino era a "Legião de Honra", a Casa d'Orléans não possui qualquer ligação histórica com a Ordem, que hoje, tem como único Grão-Mestre e Protetor Temporal Sua Alteza o Príncipe D. Andrea IIII Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, como Chefe da Soberana Principesca e Ducal Casa de Mesolcina.
Segue o comunicado do Conde de Paris (clique para ampliar):
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