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Foto do escritorSecretaria do Conselho Privado da Casa Principesca

Sobre a sucessão à Chefia da Real Casa di Savoia


Médias Armas Gonzaga Trivulzio Galli

Devido à minha alta posição como Chefe da Soberana Principesca e Ducal Casa de Mesolcina, numerosas pessoas escreveram-me, perguntando qual é o posicionamento da Casa de Mesolcina, bem como da Família Trivulzio-Galli sobre o tema. Fato é que somos Príncipes, uma vez que temos essa dignidade desde a Fundação de nossa Linhagem, e somos italianos, uma vez que essa é a etnia de minha família, bem como nossa principal cidadania. Todavia, não somos membros da nobreza criada pela Casa di Savoia após a tomada dos diversos Reinos, Ducados e Principados que legitimamente compunham à península itálica antes das invasões dos exércitos sabaudos, naquilo que ficou conhecido como "unificação italiana". Vemos, dessa forma, a Real Casa di Savoia como uma Dinastia estrangeira, da mesma forma que vemos a Casa de Bourbon-Duas Sicílias, a Casa de Bourbon-Parma, a Casa de Habsburgo-Lorena da Toscana.


Não haja dúvidas que lamentamos a morte do Príncipe Vittorio Emanuele di Savoia, Príncipe de Nápoles, uma vez que foi filho de Sua Majestade o Rei Umberto II di Savoia, Cavaleiro da Suprema Ordem do Preciosíssimo Sangue do Redentor, máxima honraria que pode ser concedida pelo Duque de Mesolcina, à época, o Príncipe D. Pietro II e V Gonzaga Trivulzio Galli, meu bisavô. Todavia, mesmo como filho do último Rei da Itália, não lamentamos a morte do Príncipe Vittorio Emanuele como Chefe da Casa di Savoia, mas sim, como filho do antigo Rei.


Vittorio Emanuele di Savoia casou-se contrariando a vontade do Rei Umberto II di Savoia, bem como as centenárias leis sobre casamento e sucessão da Casa di Savoia, que nesse aspecto são semelhantes às da Casa de Mesolcina, no tangente a exigir que os Dinastas casem-se com Nobres, após obter a anuência e concordância expressa do Chefe da Soberana Casa.


Como uma Casa Soberana, a Casa di Savoia em nada depende do reconhecimento de outras Casas, da mesma maneira que a Casa de Mesolcina, em sua condição de Soberana, não depende. Contudo depende desse reconhecimento as relações de amizade entre essas Casas. Neste ponto, meus textos publicados em diversos jornais, principalmente sobre o tema da Heráldica. Neste sentido, sempre deixamos claro o nosso posicionamento de que após a morte de Sua Majestade o Rei Umberto II, a Chefia da Real Casa di Savoia havia recaído em Sua Alteza Real o Príncipe Amedeo di Savoia, Duque d'Aosta, que tendo já falecido em 2021, foi sucedido por seu filho, Sua Alteza Real o Príncipe Aimone di Savoia, Duque d'Aosta.


O posicionamento adotado por ambos estes príncipes, de não conceder suas Ordens Dinásticas, permitindo que o príncipe Vittorio Emanuele o fizesse em seus lugares, é algo um tanto controvertido, porém, não cabe ao Chefe de uma Casa Soberana avaliar as políticas adotados pelo Chefe de outra.


Salientamos então que, lamentamos a morte do príncipe Vittorio Emanuele di Savoia, porém, que como Duque de Mesolcina, reconhecemos como Chefe da Real Casa di Savoia ao Duque d'Aosta, porém, que como uma Casa Soberana ex-reinante, a Casa de Gonzaga Trivulzio Galli e a Casa de Savoia estão no mesmo pé de igualdade institucional, não cabendo a mim, como Duque de Mesolcina, dirimir a disputa interna de outra Família.


Monograma do Príncipe D. Andrea Trivulzio Galli

Sua Alteza Sereníssima o Príncipe

D. Andrea III Gian Giacomo

GONZAGA TRIVULZIO GALLI,

Duque de Mesolcina, Conde-Duque d'Alvito, Marquês de Castelgoffredo,

Príncipe de Mesocco e do Sacro Império Romano

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